Olá!
Meu nome é Ramiro Diaz e sempre fui uma pessoa inquieta, um curioso que aprecia muito as relações humanas. Estou sempre em movimento e disposto a aprender coisas novas, a todo instante.
Desde a minha infância, sou um apaixonado pelas conexões entre as pessoas, gosto muito de ouvir e saber os mínimos detalhes das suas histórias. Não me restam dúvidas que nasci para trabalhar com a complexidade fascinante que é o ser humano.
Na tentativa de satisfazer o meu desejo de entender esse conjunto de sistemas complexos, me graduei em fisioterapia no Instituto Porto Alegre (IPA), um dos mais tradicionais do Brasil.
Durante a graduação, fui monitor de diversas disciplinas e estagiário do centro de diagnóstico e tratamento da fibrose cística do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Foram anos de muito aprendizado, quando me identifiquei com os cuidados aos pacientes crônicos e todas as transformações, angústias e relações envolvidas entre eles e suas famílias.
Logo após me formar, em 2007, atuei como fisioterapeuta no complexo hospitalar da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (ISCMPA), mais especificamente nas enfermarias e na unidade de tratamento intensivo (UTI) do hospital São José (HSJ), referência nacional em neurologia e neurocirurgia. Também acompanhei o ambulatório de doenças neuromusculares de lá, fazendo avaliações e orientando pacientes e familiares.
A vontade de adquirir conhecimento, sempre tão grande e presente em mim, fez com que eu participasse de grupos de grupos de pesquisa neurocientíficas e fosse selecionado pelo programa de pós-graduação em Neurociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGNEURO/UFRGS), um dos mais conceituados do Brasil, onde conquistei os títulos de Mestre e Doutor.
Naquele período, desenvolvendo a minha dissertação e elaborando a minha tese, realizei estudos e pesquisas sobre neurociências, comportamento, barreira hematoencefálica, reabilitação neurológica e os efeitos do enriquecimento ambiental ao longo do desenvolvimento do sistema nervoso.
Na intenção de partilhar o conhecimento, exerci a docência em cursos de graduação e pós-graduação, experiência extremamente gratificante em que incentivei, auxiliei e conduzi a formação de diversos fisioterapeutas, tendo a honra máxima e a felicidade indescritível de inúmeras vezes ter sido escolhido como professor homenageado e professor paraninfo da turma.
A paixão em buscar a compreensão do humano em todas as suas perspectivas, reforçou em mim a ideia de que não existe vida sem movimento. A fluência e a alternância de passos e pensamentos me conduziram à graduação em Psicologia (novamente pelo IPA) solidificando a impossibilidade dissociativa do corpo e da mente.
Todas essas bagagens, experiências e conhecimentos que tenho acumulado, na teoria e na prática, e outros tantos novos que virão, fazem de mim um profissional que segue aprendendo e evoluindo para ofertar uma prática baseada em evidências, entremeada por acolhimento e empatia aos que buscarem auxílio nas áreas de habilitação física e cognitiva.
O atendimento individual se dá no encontro do psicólogo com aquele que busca auxílio para se autoconhecer e descobrir/construir/entender seus meios para o enfrentamento das questões da vida. Essa relação terapêutica segue padrões éticos e é baseada na escuta empática e na mediação das pautas trazidas pelo paciente.
O acompanhamento terapêutico de um casal pode se dar na assistência para o desenvolvimento saudável da relação ou nas crises do relacionamento. Afinal, tornar-se um casal é uma das escolhas profundas do ciclo de vida. Essa relação demanda que as duas pessoas coordenem, de maneira conjunta, uma imensidade de indagações, influenciadas pela experiência prévia como indivíduos ou determinadas pelas famílias de origem. Questões como parentalidade, comunicação não efetiva, sexo, trabalho, lazer e rotinas, além da continuidade ou não das tradições e dos ritos familiares são pautas a serem dialogadas pelo casal e mediadas pelo psicólogo.
A terapia familiar trabalha as inúmeras situações decorrentes dessa conexão complexa e cheia de características próprias e tradições passadas, entremeadas por opiniões diferentes. O psicólogo tem como objetivo nortear as discussões, baseado no pressuposto que a família é mais do que a soma de várias partes integrantes desse grupo, além de aproximar o passado, presente e futuro, contextualizando o ciclo de vida do indivíduo simultaneamente ao ciclo de vida familiar.
O acompanhamento psicoterapêutico durante o período de planejamento e/ou a chegada de um filho, buscará entender o papel dos pais no ambiente familiar, considerando aspectos que envolvem diretamente a parentalidade e a conjugalidade. Essa fase pode ser uma das mais modificadoras da vida do indivíduo, exigindo reflexões e adaptações nunca pensadas. Filhos simbolizam um novo papel desempenhado pelos pais e pelas mães e transformam a dinâmica e estrutura familiares para sempre, sendo necessários inúmeros debates para a reorganização familiar.
O tratamento fisioterapêutico nos distúrbios neurológicos, é algo bastante complexo. Trata-se de uma intervenção totalmente individualizada, focada em ações com o objetivo de habilitar funções importantes do paciente.
O profissional que cria um programa de habilitação física, baseado em evidências científicas, está envolvido e atento no desenvolvimento da autonomia, do bem-estar físico, emocional e social, auxiliando para que o indivíduo adquira novas habilidades. Dentre os principais objetivos buscados pelo paciente, estão: autonomia nas atividades de vida diária (comer, vestir, higiene pessoal, escrita, atividades domésticas, controle de perturbações do comportamento, controle de esfíncteres, atividades de melhoria da mobilidade, equilíbrio e controle muscular, treino de marcha, treino cognitivo e o aconselhamento no envolvimento familiar.
São muitos os distúrbios que acarretam problemas no sistema nervoso, podendo ser originados por traumatismo cranioencefálico (TCE), tumores, lesões medulares (LM) assim como resultados e alterações do sistema circulatório, como no acidente vascular cerebral (AVC) ou um acidente isquêmico transitório (AIT) e doenças autoimunes como a esclerose múltipla (EM) e neuromusculares como a esclerose lateral amiotrófica (ELA).
Assim, as metas e métricas são estabelecidas e o próprio processo que ditará o ritmo da recuperação.
As dores agudas e crônicas podem ser atenuadas com técnicas de fisioterapia. O tratamento fisioterapêutico inicia-se com a avaliação da eficiência dos movimentos, da mobilidade, estabilidade e força muscular tendo o foco no que pode gerar alívio da dor, na tentativa de tratar diretamente as causas do problema. Durante a avaliação, são considerados aspectos morfológicos (articulações, tendões, músculos, nervos e ossos), cognitivos (pensamentos, mitos, traumas) e ambientais (seus hábitos físicos e padrões gerados por crenças/mitos).
Nesse contexto, há necessidade de uma abordagem biopsicossocial sobre o paciente. Tratar o físico isoladamente pode funcionar em casos mais simples. Contudo, o paciente que adere a proposta de tratamento mais ampla e abrangente baseada em fisioterapia aliada à psicoeducação tem realmente maior chance de melhora, pois foca no protagonismo de seu tratamento e entende que mudanças de hábitos e padrões de comportamentos são fundamentais no sucesso desse processo.
A mentoria é uma relação em que pessoas menos experientes ou mais jovens são orientadas por uma pessoa mais experiente, acerca de assuntos profissionais e desenvolvimento da carreira. O mentor ajuda o mentorado a crescer na relação de compromisso e responsabilidades ligadas à atuação profissional, habilitando-o a enfrentar suas principais dificuldades. A mentoria tem, entre seus objetivos, otimizar a organização pessoal do mentorado para a criação de estratégias de gerenciamento das demandas profissionais e pessoais.
